domingo, 31 de março de 2013

A luta pelo título continua


Vítor Pereira tinha dito, em conferência de imprensa, que esperava um sinal de “carácter e personalidade” do FC Porto, próprio “de quem quer revalidar o título nacional, de quem é campeão e quer continuar a sê-lo”. Foi isso mesmo que se viu em Coimbra: com uma exibição personalizada e segura, os Dragões venceram por 3-0. Depois do empate frente ao Marítimo, a luta pelo título continua.

A perda de pontos na Madeira (1-1) já lá vai. Duas semanas depois, os portistas provaram que estão prontos para vencer as seis partidas até ao final da Liga e procurar reconquistar o primeiro lugar, que já foi seu por várias jornadas. O golo de Mangala, logo aos 15 minutos, proporcionou aos azuis e brancos a tranquilidade que lhes faltou em algumas ocasiões desta época. Danilo, no arranque da segunda parte, praticamente “fechou” o jogo, que pareceu sempre destinado a uma vitória do FC Porto. Castro ainda fez o terceiro, o seu primeiro a nível sénior com a camisola do clube que o formou.

Os dados estavam lançados à partida: não se esperava outra coisa que não fosse uma Académica defensiva e a tentar explorar o contra-ataque e um FC Porto dominador e à procura do golo. Assim foi desde o primeiro minuto, mas, ao contrário de outras partidas, os Dragões marcaram na primeira ocasião clara de que dispuseram: na insistência de um pontapé de canto, João Moutinho cruzou de pé esquerdo e Mangala respondeu com um cabeceamento indefensável. Estavam decorridos 15 minutos de jogo.

A equipa da casa tinha muitas dificuldades em ultrapassar o meio-campo portista, que tomava as rédeas do encontro e, no espaço de 15 minutos, os portistas dispuseram de oportunidades suficientes para resolver o seu destino. Um livre de James, que Ricardo desviou para a barra, aos 24 minutos, foi a primeiro dessas ocasiões. Dois minutos depois, Mangala cabeceou à barra, após cruzamento de James. Jackson e Fernando, na cara do guardião conimbricense, também poderiam ter ampliado a vantagem.

Na segunda parte, nada se alterou, com a posse de bola do FC Porto a manter-se na casa dos 70 por cento. O segundo golo surgiu num remate de Danilo, aos 52 minutos, após uma grande assistência de Danilo. O lance foi exemplar no que toca à filosofia portista: Izmaylov recuperou à bola à entrada da grande área contrária mas não tentou precipitadamente o remate, face a uma floresta de pernas; a bola circulou por vários jogadores do FC Porto até chegar à direita, onde Danilo se isolou e bateu Ricardo, com um remate cruzado e rasteiro.

Mais golos poderiam ter surgido, nomeadamente quando Jackson, isolado por James, viu o seu remate evitado pela recuperação de Flávio, aos 55 minutos, ou quando o ponta-de-lança colombiano cabeceou por cima da trave, dez minutos depois. Danilo, que sofreu um toque, cedeu o lugar a Maicon, nos dez minutos finais. Ainda haveria porém tempo para um momento emblemático da exibição portista: Castro, um jogador formado nas escolas do FC Porto, fez o 3-0 com um potente remate cruzado na esquerda, na “ressaca” de um livre cobrado no lado contrário.

A celebração de Castro, um Dragão que transpira raça, e da restante equipa foi feita junto dos adeptos portistas, concentrados numa curva do estádio, ao jeito de “contem connosco”. No que toca a Coimbra, releve-se o facto do FC Porto já não perder na cidade, para a Liga, há 32 anos.

fonte: fcporto

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